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Que Bonito É! Destaque do Super Bowl superou drama familiar e pressão por tatuagens
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UOL Esporte

O dia mais importante da temporada 2012/2013 da NFL (Liga de Futebol Americano) está chegando. Neste domingo, San Francisco 49ers e Baltimore Ravens fazem a grande final do campeonato, o Super Bowl, e não à toa, o Salto Alto conta agora a história de um bonitão que tem tudo para ser um dos destaques da partida.

Colin Kaepernick tem 25 anos e, há menos de três meses, era praticamente um desconhecido. Contratado (ou draftado, na linguagem específica) em 2011, o quarterback era um mera reserva do astro Alex Smith. A história mudou em novembro, quando o rapaz aproveitou os problemas físicos de Smith, ganhou sua posição e não saiu mais.

Apaixonado por esportes desde a infância, Kaepernick era um fenômeno nos tempos de estudante. Embora sua paixão fosse o futebol americano, ele também praticava basquete e era considerado uma grande promessa do beisebol. Chegou a receber ofertas de equipes profissionais para jogar o esporte da bola pequena, mas preferiu transferir-se para a Universidade de Nevada e lá iniciar carreira no futebol.

Hoje, os próprios técnicos de Kaepernick em sua fase universitária admitem que não esperavam muito do atleta e que sua ascensão na NFL, em menos de três meses, foi surpreendente. O rapaz é a grande esperança dos 49ers, que voltam ao Super Bowl após longos 19 anos e buscam seu sexto título.

Acontece que a história de Kaepernick fora dos gramados é ainda mais impressionante do que dentro deles. Nascido em Wisconsin, o rapaz foi adotado logo que nasceu por um casal de americanos com ascendência alemã que já tinham outros dois filhos (um garoto e uma garota) e lamentavam a morte de dois primogênitos por problemas cardíacos.

Rick e Teresa nunca esconderam de Colin Kaepernick que ele não era filho biológico, mas ao mesmo tempo, sempre o trataram como aos outros dois. Branquelos, nunca tiveram problemas em cuidar de um garoto moreno, quase negro, e fizeram o possível para que ele se dedicasse à vida esportiva.

Heidi Russo, mãe de Colin, deu à luz o filho com apenas 19 anos, desempregada e solteira, sem qualquer ajuda do pai do garoto. Escolheu entregá-lo para Rick e Teresa por gostar das informações que recebeu do casal e, sobretudo, por ouvir que eles eram fanáticos por esportes.

Hoje, Russo é figura fácil nos jornais americanos que buscam saber mais sobre o fenômeno da NFL. Ela tem até Twitter e, com alguma frequência, vai ao estádio ver os jogos de Colin. Ele, por sua vez, nunca quis conhecer pessoalmente a mãe e evita falar sobre o assunto.

Como se não bastasse o tabu da adoção, Colin teve seu talento colocado em segundo plano quando ascendeu ao time titular. Ninguém queria saber suas histórias, queriam apenas criticá-lo por ter os braços cobertos de tatuagens. Negro e tatuado (embora seus desenhos sejam, na maioria, mensagens bíblicas), o jogador difere do padrão de quarterbacks que se vêem na NFL. Tal como quando questionado sobre a mãe, ele não liga para as perguntas sobre seu biotipo.

Carinho, engraçado e apreciador de filmes de animação (principalmente Procurando Nemo e Os Incríveis), Colin Kaepernick está solteiro. Por coincidência ou não, seu único relacionamento duradouro terminou justamente duas semanas após ele assumir a titularidade nos 49ers. Sua ex ficou uma fera, esbravejou no Twitter. E ele, como sempre, ficou na sua.

 


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