Mulheres viram babás de lutadores do MMA e até dão comida na boca
UOL Esporte
Diz o velho ditado que ‘por trás de um grande homem, sempre há uma grande mulher’. No mundo do MMA, o clichê cai como uma luva. Os lutadores podem ser grandes, fortes e despertam medo em muito marmanjo. Mas em casa, eles se rendem aos cuidados das esposas, especialmente quando sofrem com lesões e machucados.
Os mimos são os mais diversos possíveis. Elas chegam a dar banho, dão comida na boca, trocam curativos, fazem compressas de gelo e, admitem, se sentem babás de grandes ‘bebezões’.
Mauricio Shogun vai enfrentar Chael Sonnen no UFC on Fox Sports 1, em agosto, em Boston-EUA. Independentemente do resultado, ele sabe que será muito bem tratado quando voltar para casa. A mulher Renata Rua não deixa passar um só detalhe para que ele possa se recuperar rapidamente após as lutas e se concentrar apenas no trabalho.
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“Tem que dar atenção e cuidar de tudo. Passo gelinho, pego gelo e coloco a faixa no joelho, no ombro. Sempre dou comida na boca, água na cama, fico o dia inteiro servindo. Mauricio é meu ‘bebezão’. É muito manhoso e dengoso, fala ‘ai que dor’, quer carinho, principalmente depois de derrota”, diz ela, que saiu da sua cidade Maringá-PR para morar em Curitiba, abandonou o trabalho e hoje se concentra nos cuidados com o marido e a pequena filha Duda, na administração dos negócios e das contas família.
A preocupação é tamanha que Renata só faz questão de não estar presente em um momento da vida de Shogun: nas lutas. O medo de ver o amado machucado é tão grande que durante todos os confrontos ela fica em casa, sempre ajoelhada e rezando.
“Eu fico mais no meu cantinho e ajoelho para Deus protegê-lo. Não gosto de ficar com ninguém, só com minha a mãe para ela cuidar da Duda. Nas duas últimas lutas, ele veio com o olho machucado, me dá muita agonia, fico pensando nas sequelas que isso pode ocasionar futuramente. A única coisa que me resta é pedir saúde e vida abundante para o meu maridinho”.
Barbara da Costa confessa que mima o marido com banho e cuidados de babá
A dedicação minuciosa é comum entre as famílias do MMA. Mulher de Viscardi Andrade, que participou do TUF Brasil 2, Bárbara da Costa se dedica quase integralmente ao marido, mesmo tendo que se dividir entre o trabalho como assistente de palco do programa ‘O Último Passageiro’, da Rede TV, os afazeres domésticos e as contas para pagar.
O cuidado aumentou depois que Viscardi sofreu uma grave lesão na mão direita nas quartas de final do TUF. “Faço de tudo, dou banho, troco curativo. Ele fez uma cirurgia e ficou com a mão direita debilitada. Ajudo a trocar de roupa, levar até o banheiro. Homem fica igual criança, né? Fico de babá. Controlo horário de remédio, dou remédio. Ele é muito teimoso, em uma semana já queria tirar o gesso, mexer a mão. Fico de olho”.
Apesar de praticamente todos os lutadores casados terem seus mimos, poucos têm a sorte do argentino Santiago Ponzinibbio, que chegou à final do TUF Brasil 2. A esposa Rafaela é enfermeira e acompanha de perto todos os procedimentos médicos para deixar o marido mais confiante.
“Ele gosta que eu fique perto. Acho que sente mais seguro. A profissão ajuda porque tenho conhecimento técnico e cientifico sobre essas questões de saúde. A gente não se assusta tanto com as coisas que acontecem, sabemos que um corte é normal, não fico apavorada. A gente sutura, faz curativo, às vezes precisa marcar médico, fisioterapia, são coisas que eu já faço. Se for preciso, levo na emergência”.
Santiago não pôde atuar na final do TUF porque fraturou o osso do antebraço. E lá estava Rafaela acompanhando todos os passos. “Nessa última cirurgia no braço, tive que fazer curativo, massagem no braço para drenar, a fisioterapeuta me passou alguns exercícios”.
Cigano ganha cuidados da ex-mulher
Vilsana Picolli não faz mais parte do seleto grupo de esposas dos atletas do MMA, mas entende bem da função. Ela foi casada com o ex-detentor do cinturão do peso pesado do UFC Junior Cigano por dez anos e, mesmo após a separação, ainda se dedica ao lutador. Vilsana agencia a carreia do atleta e continua adotando cuidados médicos.
“Em função das possibilidades de lesões durante os treinos ou lutas, buscamos uma melhor assistência ao Junior com acompanhamento medico, exames semanais e diários com acompanhamento de fisiologista em todos os treinos. Temos nutricionista com suplementação e alimentação específica para ele, além de treinos controlados pela equipe. Tentamos evitar que as lesões aconteçam, mas, claro que se isso acontecer, a preocupação é geral e todos sofremos e nos preocupamos com a melhora para que não prejudique os treinos e nem a luta”.
Por Luiza Oliveira