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Baixinha sim, e daí? Brasileira pega gigante no UFC e dá de ombros

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UFC: Pezão x Hunt, na Austrália

UFC: Pezão x Hunt, na Austrália

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Com sete vitórias em sete lutas, Bethe Correia tem neste sábado seu segundo desafio no UFC, tentando manter sua invencibilidade como lutadora. E ela terá de “escalar” seu próximo obstáculo, afinal, encara Jessamyn Duke, de 1,80 m de altura, 18 cm mais alta do que a brasileira. E a paraibana de Campina Grande não se apequena diante do desafio. Usa exemplos da sua própria academia e de algumas lendas do Pride para matar sua fome de vencer.

Bethe é uma das mais baixinhas do Ultimate. Seus 1,62 m são maiores apenas do que duas lutadoras de 1,57 m – uma delas a compatriota Jéssica Andrade.

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“Eu não me importo. Já lutei com uma menina de 1,76 m q era boxeadora e ganhei. Contra a Erica Paes, que também tinha 1,76 m, também venci. É um trabalho que já faço. Sou pequena para a categoria, sei disso, mas estou acostumada a treinar com caras grandes, com braço comprido. É só focar e saber como lidar”, explica ela, sobre o que terá pela frente no UFC 172.

Jessamyn, que está invicta em três vitórias no MMA profissional, é forte no muay thai e deve tentar usar as pernas e braços compridos para evitar que Bethe se aproxime.

Os exemplos de luta estilo “Davi x Golias” estão próximos dela. Seu mestre, Patricky Pitbull, tem 1,70 m e está abaixo da média dos rivais do Bellator, chegando a encarar rivais 15 cm mais altos.

“Ele só pega gente alta. Então ele já foi me adaptando a isso. Vejo muitas lutas dele, que é um nocauteador. Ele pega essas caras e dá espetáculo. Então me espelho nele e costumo ver muitas lutas da época do Pride, quando o Minotauro, o Wanderlei Silva e o Fedor também venciam assim.”

Sobre a rival, Bethe elogia, mas se vê superior.“Já estudei bem a Jessamyn. Ela é menos experiente que eu, apesar de ter passado pelo TUF, tem um estilo diferente e muito potencial”, analisou a paraibana de 30 anos, que trocou o emprego em contabilidade para virar lutadora de MMA.

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A estreia de Bethe como lutadora foi em 2012 e a caminhada até o UFC acabou sendo veloz. Ela admite que não foi tão bem quanto queria na estreia. Ela ficou com a vitória por decisão dividida contra Julie Kedzie, mas sabe da importância do resultado positivo.

“Foi uma luta difícil pelo fato de estar estreando no UFC e ser uma rival com bagagem bem maior. A responsabilidade era grande e eu tinha que convencer de que tinha nível para me manter no UFC e que não tinha caído de paraquedas. Ganhei credibilidade e saiu aquele peso da estreia''. O triunfo a levou diretamente para a 12ª posição do ranking do UFC, ainda longe do topo, mas muito perto de entrar no top 10 com uma vitória.

“Nesse momento não importa quem é a adversária, o tamanho dela. Estou preparada para lutar contra qualquer uma. Quero que este seja meu melhor ano da vida. Quero firmar meu nome e convencer que não estou no UFC para ser qualquer uma. Estou como um leão faminto, pode vir quem quiser que vou para devorar”, avisa ela.

Maurício Dehò
Do UOL, em São Paulo