Giovane diz que já se fez de bobo para fugir de assédio: “tive muita tentação”
Salto Alto
Crédito da foto: Reprodução/Facebook
Aos 42 anos, o ex-jogador de vôlei Giovane Gávio ainda arranca muitos suspiros da mulherada. O bicampeão olímpico sofreu com o forte assédio principalmente durante a década de 1990, quando era um dos principais símbolos da seleção brasileira, e confessa que teve ‘muita tentação’ na época.
“Eu casei muito cedo, mas sofri muito assédio. Tive muita tentação, de fãs que queriam chegar aos ‘finalmentes’. Tive que me fazer de bobo muitas vezes até pelo bem das pessoas que estavam ao me redor”, revelou ao Salto Alto.
Giovane disse que ele e toda a família precisaram se acostumar a conviver com o assédio. “Isso foi uma coisa que você não tem como aprender, você tem que viver isso para saber. Aos poucos, eu fui aprendendo a lidar, tirar o melhor proveito. Ser admirado é ótimo, mas isso às vezes faz você se sentir mais do que é, e com o tempo você vai ficando mais equilibrado. Agora passou a ser tranquilo, mas no começo tive muita dificuldade. Tudo em excesso é ruim”, confessa.
Experiente no quesito assédio, Giovane diz que não é contra atletas de vôlei posarem para ensaios sensuais. Recentemente, Mari Paraíba e Sheilla apareceram nas capas de revistas masculinas. O ex-jogador só ressalta que é preciso não perder o foco no vôlei.
“Não sou contra. A única coisa que elas tem que tomar cuidado é para não perder o foco, para começar a misturar e atrapalhar. Elas são jogadoras de vôlei e não atrizes. O dia que elas não tiverem sucesso na quadra esse assédio acaba”, analisou. “Se existisse uma playboy de homem, talvez eu tivesse feito, mas não era algo bonito, que ia acrescentar alguma coisa na minha vida”, argumenta.
Para manter o status de ‘galã’, o atual técnico do Sesi diz que tem cuidados normais e não se considera um metrossexual.
“Tem que cuidar, porque para estragar é rápido para caramba (risos). Eu tenho um ótimo kit de barbear, vou no podólogo uma vez por mês e de vez em quando eu dou uma ripada na sobrancelha, porque a tanajura é grande (risos). Mas são cuidados normais, porque eu sou uma pessoa pública, tenho que vender uma imagem. As pessoas que sempre torceram por mim, se acostumaram a me ver de um jeito, não posso fugir disso”, argumenta.
O único item que está fora da lista de Giovane é a depilação. “Quando eu desfilei na Portela, eu me depilei, não foi muito agradável. Não tem necessidade [de continuar fazendo]”, brinca.
Pai de quatro filhos, o ex-jogador não faz a linha ciumento e reconhece que Giulia, a filha mais velha, está na idade de namorar. “Quero ela feliz, contente. Na idade dela, ela vai ter que aproveitar, namorar… Agora é a hora de conhecer, aproveitar as coisas”, afirma.
Aos 16 anos, Giulia segue os passos do pai e já foi até convocada para a seleção infantil da seleção brasileira. Ela e o irmão Gianmarco, de 14 anos, jogam pelo Flamengo, no Rio de Janeiro. Para Giovane, os dois lidam bem a pressão de serem filhos dele.
“Eles lidam bem com isso [serem filhos do Giovane], acostumaram a lidar com isso. Eles são e vão continuar sendo, não dá para fugir disso. Eles estão jogando, mas o importante para mim é que eles se divirtam jogando, se deixarem de ser divertir será um problema”, explica.
Em alto como treinador do Sesi, o nome de Giovane já começa a ser especulado como possível substituto de Bernardinho no comando da seleção. O ex-ponteiro confirma que sonha em assumir o cargo, porém reconhece que ainda precisa de maior rodagem.
“Falar que eu não sonho é mentira, mas ainda não é hora. O Bernardo está lá e vai ficar por um longo tempo. [Assumir depois de 20016) É melhor para rodar, cada ano que passa é um ano de aprendizado, de preparação, vou estar diferente do que estou agora. Para técnico, tudo é experiência, aprendizado, de banco, de jogo, cada jogo é um aprendizado”, analisa.
(por Aline Küller)