Castroneves diz que gosto da filha por carros já aos 3 anos o levou a dançar em reality
UOL Esporte
O que pode motivar um piloto de Fórmula Indy, tricampeão das 500 Milhas de Indianápolis, a participar pela segunda vez de um reality show de dança nos Estados Unidos? Fama? Dinheiro? O puro gosto pela música? Para Hélio Castroneves, a razão foi outra. O brasileiro entrou na 15ª temporada do Dancing With The Stars com o objetivo de mostrar uma nova arte à filha pequena, que apesar de não ter ainda nem 3 anos, já estava ligada demais em automobilismo.
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“Voltei mais pela minha filha Micaela, que gosta mais de carrinho do que de Barbie. Estou meio preocupado com isso, queria que ela experimentasse uma experiência nova, e a dança é menos perigosa também”, contou em entrevista ao Salto Alto.
A herdeira de Castroneves acabou virando o xodó dos demais participantes da atração, principalmente da ginasta campeã olímpica Shawn Johnson, que brincava com a pequena durante os intervalos do programa ao vivo. Helinho conta que a filha roubava a cena no estúdio com os gritos de “go, papa”, em uma mistura de inglês e espanhol, para incentivá-lo.
Apesar de se dedicar quase em tempo integral ao reality e de tentar incentivar Micaela a gostar de dança, Hélio Castroneves não durou muito no programa. Campeão da 5ª edição do reality, em 2007, ele foi eliminado logo na terceira semana dessa vez, uma grande decepção, ele admite.
“Como competidor é frustrante, porque da outra vez a gente venceu. Mas eu entendo que é um programa de TV, que as pessoas têm certas preferências e que tem que atingir os pontos de audiência. Uma pena que saímos cedo, mas foi fantástico”, avaliou Helinho, que tinha uma rotina pesada de treinos. “Eu treinava cinco, seis horas por dia. Para a cabeça é superlegal, e isso é superválido para a saúde também”.
Depois de duas temporadas de dança, Helinho diz que sua carreira como bailarino está encerrada, mas vê a arte quase como um esporte e com condições de entrar para o calendário olímpico.
“Eu vou aposentar minhas sapatilhas de dança e voltar para a sapatilha de corrida, que é o que eu gosto. Mas eu levei a sério [a dança], você aprende alguns movimentos, a parte técnica. Em qualquer tipo de competição você tem as suas barreiras, e eu acredito que a dança livre deveria fazer parte das Olimpíadas, porque é incrível, como os atletas precisam ser bem preparados fisicamente, tem força, elasticidade”, afirmou.
Além de valorizar o trabalho físico dos dançarinos, com as duas participações no reality Helinho também passou a apreciar o esforço feminino em um quesito curioso: a habilidade na hora de se maquiar.
“Eu sou uma pessoa vaidosa. No programa, eu tinha as pessoas que me maquiavam, e respeito muito as mulheres em termos de maquiagem, porque arde muito o olho, pelo amor de Deus”, diverte-se o piloto, sempre bem humorado. “Eu não poderia ser uma mulher vaidosa”.
(Por Aline Küller)