Blog Salto Alto

‘Chefe’ da família, Pirv revela Giba bagunceiro e celebra aposentadoria da seleção

UOL Esporte

Os fãs de vôlei estão acostumados com o ponteiro Giba no papel de líder da seleção brasileira ou dos clubes que defende. Porém, quando o assunto é família, quem dá as ordens na casa do capitão é sua mulher, Cristina Pirv, ex-jogadora de vôlei.

Casada com o atacante há quase nove anos, a romena detalhou em entrevista exclusiva ao Salto Alto seu papel de ''chefe'' da família e se disse responsável por colocar ordem na bagunça de Giba e dos filhos (Nicoll e Patrick), já que o marido não é nada organizado.

''É bem bagunceiro. Chega em casa e joga todas as coisas no chão. É um terror'', entrega a mulher. Porém, ela conta que Giba compensa a bagunça com bons dotes culinários. ''Ele gosta bastante de cozinhar. Na Itália, eu costumava fazer o primeiro prato, aperitivo e ele fazia a carne e o peixe''.

Com a aposentadoria do capitão na seleção brasileira, fato comemorado pela família, Pirv espera que o marido deixe um pouco de lado o 'coração mole' com os filhos arteiros e assuma a linha dura que costuma deixar de lado por causa da distância e do tempo escasso.

''Graça a Deus [vai se aposentar]!'', exclama Pirv. ''Era um pedido de toda a família. Todo mundo contra a seleção (risos). Brincadeira, a seleção eleva a outro patamar, é um sonho de todo atleta, mas já está bom. Agora tem que dar mais broncas, participar, levar as crianças na escola, dar banho'', enumera.

Pirv conta que os filhos sempre apelam para o lado paizão de Giba. ''Mãe, eu posso ir lá? Não pode, então passa para o papai. Mas pai, não sei o que… Ele tenta, mas não consegue, vamos ver se agora no dia a dia se ele vai mudar, vai aprender'', comenta aos risos.

Apesar da longa relação, Giba, que é sucesso absoluto entre o público feminino, seja entre as fãs de vôlei ou não, teve dificuldade para usar o seu status de galã para conquistar a mulher.

''Nós nos conhecemos em 1999, quando eu voltei para o Brasil pela segunda vez. Ele deu em cima de mim, mandou bilhete, mas eu não queria, não gostava dele. Ele é mais novo [quatro anos e meio], e eu falava: 'ele é muito metido, se acha demais, a mulherada cai em cima'. Dei uma bronca nele e perguntei quem ele achava que era”, revelou a romena.

O jogador só conseguiu reverter a situação na Itália, quatro anos depois. Os dois estavam jogando na Europa quando foram reaproximados por um casal de amigos de Belo Horizonte, hoje padrinhos de Patrick. Na época, eles foram visitá-la na Itália e queriam agradecer Giba por um presente . ''Os nossos amigos ligaram para o clube dele e deixaram o telefone da casa da Cristina, já que eles estavam na minha casa, mas ele não sabia que a Cristina era eu'', se diverte.

Giba entrou em contato com os amigos, convidou para uma feijoada e aproveitou para estender o convite para a tal Cristina. O esperado encontro aconteceu em uma segunda-feira e a ex-jogadora conta que inventou até uma desculpa para a técnica para fugir de um treino marcado no dia. ''Fui nessa feijoada e brinco que a minha sogra tinha colocado algum pozinho 'mágico'’ para gente ficar junto. Lá ele perguntou se eu tinha cinco minutos e depois disso nunca mais nos separamos'', recorda.

Já se passaram nove anos desde a feijoada, e agora a família prepara a mudança para a Argentina, já que Giba acertou sua transferência para o Bolívar. ''Vamos todos para a Argentina, está bastante corrido. Levaremos as crianças, temos que ficar juntos, ele ficou muito tempo longe'', explica Pirv.

A mulher conta ainda que a filha Nicoll não deve seguir os caminhos dos pais e sonha com a carreira de modelo. ''Já fez curso, gosta de teatro, de falar em público. Já o Patrick gosta de tudo relacionado a bola, fala que vai jogar no Corinthians e depois no Milan”, se diverte a mãe ao lembrar dos planos dos filhos.

(Por Aline Küller)

LEIA MAIS NOTÍCIAS DE VÔLEI NO UOL ESPORTE