As principais ligas do futebol europeu começam nesta sexta-feira. E, com uma nova temporada, chegam também os novos uniformes. Muitos belos, outros inovadores, e alguns bizarros.

Para o(a) torcedor(a) que gosta de colecionar camisas, para aqueles que apenas querem se vestir bem, mas sem esquecer o futebol, ou até para as namoradas que querem presentar seu amado, o UOL Esporte dá a dica: cinco novas camisas que valem o investimento, e cinco que não vale a pena nem considerar tirar o dinheiro da carteira.

Seguem abaixo os novos modelos europeus. Quem acertou a mão? Quem errou feio?

Vale o investimento

Roma

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A equipe italiana mudou seu escudo para esta temporada. Além disso, enquanto espera um novo contrato com fornecedora de material esportivo, jogará com camisas de fabricação própria.

Não poderia ficar melhor: camisa limpa, sem fornecedor nem patrocinador. Uma das poucas equipes do mundo que usa grená com laranja, apostou também em uma gola inovadora. Quem não conhece tanto nem pensa que é uma camisa de futebol.

Manchester City

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A camisa azul claro, principal do Manchester City, é praticamente impossível de ficar feia. Mas o clube costuma inovar nas camisas reservas e, muitas vezes, inova até demais.

Para 2013/2014, não. Optou pelo simples e acertou em cheio. Camisas brancas com faixas ficam sempre bonitas e a versão preta é espetacular. A divisão entre um lado mais escuro e aoutro próximo do grafite é uma das mais bonitas da Inglaterra para o próximo ano.

Besiktas

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A equipe alvinegra da Turquia lançou uma camisa que mistura as cores principais, e conseguiu deixá-la ainda mais bonita. O escudo antigo no centro e a diferença dos tons de cinza na parte baixa para a de cima da camisa são o destaque.

As “bolinhas” no centro do peito poderiam estragar, mas o resto é tão correto que nem isso atrapalha.

Bayern de Munique

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A terceira opção de camisa do atual campeão da Europa é especial para a defesa do título da Liga dos Campeões, e faz valer a torcida para que os adversários do clube na competição usem o tradicional vermelho do Bayern para que os alemães tenham que vestir essa opção.

As listras em tons diferenciados de azul somados com as três listras vermelhas da fornecedora combinam perfeitamente e batem com as tradições do clube. Inovação mais tradição é sempre certo.

Celtic

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A tradicional equipe escocesa tem como principal uniforme as listras horizontais verdes e brancas. Mas, para 2013/2014, o uniforme dois é que se destaca: o amarelo ganha força com finas listras verdes no peito.

Fica a inspiração para a seleção brasileira. Muito mais bonita que as últimas versões de camisas do Brasil.

Prefira guardar seu dinheiro

Liverpool

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O UOL Esporte já falou sobre os inacreditáveis lançamentos do Liverpool. Provavelmente, é apenas para manter a tradição de roupas e artigos bizarros do clube.

Só para tentar justificar: os diamantes são uma reprodução que homenageiam o desenho do uniforme usado pelo Liverpool entre 1989 e 1991. É isso. Só não sabemos o porquê.

Napoli

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A camisa tradicional azul celeste continua, mas poderia ser a única do Napoli para a próxima temporada, já que as outras escolhas são, no mínimo, de gosto duvidoso.

A camisa amarela com a faixa azul clara não seria feia, porém o gigantesco patrocínio vermelho estraga tudo. Sobre a opção camuflada… Não é guerra, é futebol. É só um gramado, não uma mata. Não faz sentido.

Aston Villa

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O Aston Villa tem uma das mais belas camisas da Inglaterra, com a combinação grená e azul celeste. E tradicionalmente usa o branco como camisa dois, com detalhes nas cores principais – o que torna difícil o clube errar.

Mas deram um jeito. Optaram por quadrados gigantescos em grená somados à uma gola meio a meio. É difícil entender quem aprova que uma combinação dessa vá à campo.

Rayo Vallecano

A equipe espanhola não possui mais a abelha de um patrocinado no centro da camisa, o que tirou boa parte do carisma do time. Mas o Rayo não precisava forçar para tentar recuperar a fama de seus uniformes.

Amarelo + verde limão + uma mistura de ambos ‘fluorescente’? Bom, errar passes em campo é praticamente proibido, porque mais chamativo é impossível.

Real Madrid e Barcelona

Os dois maiores clubes da Espanha inovaram, arriscaram e… Erraram para a próxima temporada.

Ainda não é oficial, mas tudo indica que o Real Madrid usará uma camisa laranja como uniforme três, longe de qualquer tradição do clube.

Já o Barcelona já lançou e já utilizou em campo a camisa com as cores da Catalunha – vermelho e amarelo. Não agradou, com todo respeito às tradições locais.

Concorda com as escolhas? Ou acha que mesmo as mais bizarras valem o investimento?

*Por Felipe Noronha
Do UOL, em São Paulo 

Crédito: AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA

A seleção brasileira tem, como uniforme número um, a combinação camisa amarela, calção azul e meias brancas. Mas ainda não entrou assim em campo na Copa das Confederações.

O México, oficialmente, tem como combinação principal a camisa verde junto ao calção branco e o meião vermelho. Também não pôde utilizá-la no Brasil.

E qual a razão disso? Uma determinação da Fifa, que parece que ainda vive na era dos televisores em preto e branco e força contrastes desnecessários na era das televisões modernas, com a desculpa de que facilita a identificação dos torcedores.

A principal entidade do futebol no mundo obriga que as seleções nunca atuem com peças de roupa nas mesmas cores, e pior: nem no mesmo tom. Ou seja, se uma seleção entra em campo com camisa escura, não importa se o rival tem uniforme de outra cor – terá que jogar com camisa clara. O mesmo vale para calções e meiões.

Crédito: AP Photo/Fernando Llano

Assim, o torcedor brasileiro foi obrigado a ver a seleção jogar com calções e meias azuis contra Japão e México, e pior: com a extremamente feia combinação de camisa amarela e calções e meias brancas contra a Itália. Nesse caso, os italianos também foram culpados. Como “mandante” da partida, a Itália decidiu deixar o calção branco de lado para jogar toda de azul, obrigando a seleção a atuar com os shorts brancos.

O México também sofre: contra o Brasil, usou calções e meias brancas. Ou seja: as duas seleções foram obrigadas a mudar seus uniformes. Qual o sentido?

Contra a Itália, teve que usar calções e meias vermelhas com a camisa verde. Pela primeira vez na história.

Crédito: AFP PHOTO /NELSON ALMEIDA 

A ideia da Fifa de que as seleções não podem jogar com tons iguais também força mudanças desnecessárias de camisas. O Taiti, cujo uniforme principal é todo vermelho, teve que jogar todo de branco contra o Uruguai – que jogou de azul e preto…

Crédito: AFP PHOTO / JUAN BARRETO

Contra a Nigéria, a mesma situação: o Uruguai teve que abandonar o celeste e  preto porque isso, segundo a Fifa, incomodaria o torcedor contra uma seleção jogado de… Verde!

Crédito: EFE/PETER POWELL

Todas as seleções passaram por isso: a Itália só atuou com uniformes inteiramente azuis ou inteiramente brancos; a Espanha só encarou adversários de branco, apesar de Uruguai e Nigéria usarem cores totalmente diferentes do vermelho. O Japão também só atuou com uniformes de cor única.

A Fifa, apesar de se dizer dona de um “padrão” especial, parece que vive no passado em alguns sentidos. Ou, simplesmente, gosta de padronizar tudo que é possível, a ponto de tirar a graça de detalhes importantes do futebol.

Por Felipe Noronha
Do UOL, em São Paulo