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Médico recomenda cuidados, mas não prevê riscos para atleta grávida na Olimpíada

UOL Esporte

Na vida agitada da sociedade atual, o sonho da maternidade deixou de ser unânime entre mulheres. Porém, na grande maioria, o instinto maternal ainda fala mais alto e elas se desdobram para acumular funções e dar conta do recado. No caso das atletas não é diferente. Elas tomam cuidados básicos, mas não perdem o pique.

A malasiana Nur Mohamed Suryani Taibi, atleta do tiro de 29 anos, é um exemplo disso. Grávida de oito meses, ela é uma das atrações do primeiro dia de disputas dos Jogos Olímpicos de Londres e entrará em ação neste sábado. Mesmo com o incômodo do “barrigão”, que em breve dará luz a uma menina (Dayana Widyan), Taibi, que já é a primeira mulher da Malásia a disputar uma Olimpíada, pode fazer história e conquistar uma inédita medalha de ouro para seu país.

No entanto, se você acha loucura a participação de Taibi nos Jogos de Londres, os especialistas não veem tantos problemas assim para mulheres que já pratiquem esportes com frequência.

“Para a atleta que já é atleta não existe risco, a não ser que ela gere alguma patologia durante a gestação. É uma paciente que já é treinada para aquilo. Quando não tem prática, o risco é maior”, explica o ginecologista e obstetra Anderson Zei, ouvido pelo Salto Alto.

De acordo com Zei, a atividade física é algo importante para as gestantes, sejam elas atletas ou não. O especialista recomenda ainda exercícios na água, que causam pouco impacto. “Atividades que diminuam o impacto e que sejam aquáticas já funcionam como uma fisioterapia pélvica de preparação para o parto”, conta.

Nur Mohamed Suryani Taibi estará na disputa da carabina de ar de 10 m, prova que começa às 4h15 e cuja final deve acontecer às 7h (horários de Brasília).

(por Aline Küller)

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Crédito da foto: Rebecca Blackwell/AP Photo