Crédito da foto: Julio Cesar Guimaraes/UOL

Mikael Roche é goleiro reserva da pior seleção da Copa das Confederações e protagonizou a maior goleada do torneio ao levar dez gols da Espanha. Ainda assim ele se tornou um dos destaques ao lado de craques como Neymar, Iniesta e Diego Lugano. Roche vem chamando a atenção a atenção por sua simpatia e (por que não) por sua beleza?

Roche conquistou fãs e foi alçado ao status de galã depois de atuar contra a Fúria no Rio de Janeiro. Na chegada da delegação ao Recife, onde a equipe enfrenta o Uruguai neste domingo, ele foi o mais assediado pelas meninas.

“Lindo! Lindo! Tira uma foto comigo..”, elas gritavam. Surpreso com a fama repentina, Roche retribuía com sorrisos e era carinhoso.

Ele também sentiu o gosto da fama diante dos jogadores do Íbis, considerado o pior time do mundo e criadores do ‘Taitíbis’, a torcida organizada para apoiar os atletas da Polinésia Francesa que encantaram o país com carisma e simpatia.

Roche já havia conquistado a torcida no decorrer do jogo contra a Espanha. A cada defesa, as arquibancadas vibravam. A cada gol sofrido, o estádio se entristecia. E quase veio abaixo quando Fernando Torres acertou o travessão em cobrança de pênalti. Mesmo sem tocar na bola, o arqueiro comemorou como uma criança.

Ao final do jogo, não conteve a emoção com o apoio da torcida, foi flagrado em lágrimas e, sem camisa, fez um coraçãozinho com as mãos, para delírio das novas fãs.

“Foi maravilhoso. A gente sente que veio do fundo do coração deles. Não tenho palavras, só digo obrigado. Só quero lembrar dessa torcida maravilhosa, das pessoas no estádio. Não nos conhecem e nos apoiaram desse jeito. Obrigado, obrigado mesmo'', agradeceu.

Mesmo com uma derrota tão elástica, ele ainda mostrou que é espirituoso. Minutos depois, na área interna do Maracanã, foi visto descontraído em um papo com Iker Casillas. O goleiro do Taiti disse que deixou uma oferta ao colega de posição.

''Eu me ofereci, se ele precisar de um substituto no Real Madrid'', afirmou. ''Desculpe, só uma brincadeira'', acrescentou ele que não vai enfrentar o Uruguai neste domingo porque machucou a mão na última partida.

Poucos sabem, mas Roche já jogou em um clube rico da Europa. Aos 18 anos, se mudou para a França para estudar educação física. Na época, passou uma temporada no time B do Monaco e defendeu equipes menores como Menton e Endoume. Quando terminou os estudos, voltou ao Taiti. Hoje, além de atleta do Dragon, é professor de educação física.

Também tem experiência no futebol de areia e chegou a ser técnico-jogador da equipe taitiana em 2005. Com a já conhecida simpatia, o goleiro conta porque resolveu atuar na posição ''por ser doido de pedra'', disse, ao site oficial da Fifa.

Por Luiza Oliveira e Pedro Ivo Almeida