Tatuadora dos boleiros elogia Valdivia maloqueiro e revela Pato cavalheiro
UOL Esporte
Akemi Higashi não acompanha futebol nem torce para nenhum time, mas é popular entre alguns dos principais atletas do Brasil. Tatuadora há 12 anos, ela tem clientes como Alexandre Pato, Valdivia, Sebastian Eguren, Mendieta, Hortência e Adriano, que ainda não tatuou mas já marcou para gravar o nome da filha Lara na pele.
A improvável popularidade foi conquistada pelo trabalho bem feito e pela mais antiga das propagandas: o boca a boca. Todos os seus clientes esportivos foram ao estúdio por indicação de amigos e conhecidos.
Em entrevista ao Salto Alto, a tatuadora revelou como é lidar com os atletas mesmo sem acompanhar o futebol brasileiro e quem é o cliente que mais gosta de atender.
“Nossa, com certeza é o Valdivia (o cliente preferido). Todos eles são incríveis, mas o Valdivia é nota 10. Ele é muito simpático, muito brincalhão, muito gente fina”, elogia.
Tamanha afinidade com o meia palmeirense começou graças a um esporte bem diferente do futebol, o jiu-jitsu. Valdivia virou cliente de Akemi graças à indicação de seu segurança, que pratica a luta com o namorado da tatuadora.
Hoje ele já possui cinco tatuagens feitas por ela: um terço, uma caveira com uma serpente, um anjo , um pássaro e uma âncora, todas nos braços. O chileno gostou tanto do trabalho de Akemi que não só voltou ao seu estúdio várias vezes como indicou para os companheiros de equipe Mendieta e Sebastian Eguren.
Já Alexandre Pato conheceu Akemi por indicação de seu cabeleireiro e fez uma das tatuagens que ela considera mais inusitadas: a constelação de virgem.
“Nunca tinha tatuado uma constelação. Ele também fez um número que eu não sei o que significa. Eu não pergunto absolutamente nada. É uma coisa minha, prefiro não questionar muito”, conta.
O tal número misterioso é o sete, que Pato tatuou em romano, mesmo número de sua camisa no Milan e no Corinthians. Tímido, o atacante do São Paulo é um dos clientes mais educados da tatuadora, o oposto do ‘maloqueiro’ Valdivia, segundo ela. Mas Akemi garante que todos são simpáticos e não pedem tratamento diferenciado.
“Nenhum deles é metido, eles fazem a tatuagem com outros clientes numa boa. O Pato é mais tímido, acho ele mais na dele, mas acho ele um cavalheiro. O Valdivia é mais maloqueiro, ele é super engraçado e conversa bastante com o meu marido, ele fez umas aulas de jiu-jitsu”.
Mas se engana quem acha que o futebol também está na pele dos atletas. A maioria das suas tatuagens são símbolos religiosos, e a profissão dos atletas nem é mencionada no estúdio de Akemi: “Não falo absolutamente nada de futebol com eles, porque eu não entendo nada. O meu marido é lutador de jiu-jitsu, e esse é o meu esporte”.
Júlia Caldeira
Do UOL, em São Paulo