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Baixinha da bike compete contra homens para tentar vaga na Olimpíada do Rio
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As Olimpíadas do Rio, daqui a dois anos, são o sonho de consumo de toda uma geração de atletas. Priscilla Carnaval, uma jovem de apenas 20 anos, faz parte desta turma que está brigando com tudo o que pode oferecer para não deixar passar a chance de disputar os Jogos em casa. Com apenas 1,55 m de altura, a paulista tem montado em sua pequena bicicleta em busca de uma vaga no BMX. E a solução para superar as dificuldades que enfrenta no Brasil e manter sua evolução foi ousada: competir entre os homens.

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O BMX entrou no programa olímpico em 2008 e ainda corre para se estruturar no Brasil. Das pistas sem padrão olímpico à falta de competição, pelo fato de poucas meninas praticarem o esporte radical, Priscilla também acaba tendo de dar uma de economista e fazer contorcionismos financeiros para bancar seu sonho.

“Eu estava estudando também, arquitetura e urbanismo, mas esse semestre tranquei a faculdade para me dedicar só ao esporte e tentar evoluir. As Olimpíadas já estão chegando, então tenho que me preparar! Não é do dia para a noite que estarei em nível de pódio”, diz ela, ciente de que não basta competir em casa para brigar por um pódio.

A ideia de disputar provas entre os homens veio pela necessidade de se envolver em baterias mais competitivas. Num campeonato como a Copa do Mundo ou o Mundial, até 40 ciclistas largam em busca da vitória. No Brasil, ela se via entre cinco ou seis meninas.

Leticia Moreira/ Folhapress
Balé? Nem pensar. A família de Priscilla achou que o BMX seria uma fase. Bem pequena, ela foi colocada em aulas de balé, mas não se adaptou. Precisava de algo mais radical. "Devo muito ao meu irmão, sempre o imitei em tudo. Um dia, meu pai passou em frente ao BMX, meu irmão pediu para parar para vermos a corrida. Ele quis começar e logo eu falei que queria fazer também. Não me imagino mais sem isso, minha vida se tornou o BMX."
“Resolvi participar pelo menos nos campeonatos regionais – já que no Paulista não é permitido. No masculino há uma disputa maior, uma dificuldade maior e posso aprender a andar com pessoas de alto nível”, explica ela, que foi sexta do mundo na categoria júnior do bicicross, há três anos.

“Lá fora as meninas andam como os homens”, acrescenta Priscilla, que vê prós e contras em disputar com grandões e grandonas. “Em termos de agilidade é bom (ser baixinha). E até a campeã olímpica e bem pouco maior que eu. Mas a maioria dos homens e mulheres é bem maior e na hora de disputar a curva minha cabeça fica no ombro deles (risos). Por outro lado, fico meio ‘invisível’ na pista sendo pequenininha e aproveito o que tenho de melhor.”

Priscilla já passou por um período de treinos na Europa e admite que quando voltou à realidade brasileira “perdeu o chão”. A pista em que treina, em Sorocaba, pouco tem a ver com a que disputará, por exemplo, a Copa do Mundo, no fim de abril. Assim, ela já chega aos treinos oficiais com a desvantagem de ter de se adaptar ao percurso, enquanto as estrangeiras estão habituadas a se preparar em locais de nível olímpico.

O contorcionismo financeiro

Mas nem tudo é drama. Pelo menos não em 2014. Ano passado, Priscilla sofreu com a falta de verba e viu sua carreira em risco. Uma prestação de contas em aberto com o governo, deixou ela sem Bolsa Atleta. O valor de R$ 1.850 mensais fez falta, mas a paulista se virou como pôde e deu uma lição de como poupar o que recebe.

Se você imagina que este valor mensal do Bolsa Atleta vai embora no mês em que chega, ledo engano. Aliás, Priscilla até gostaria de poder investir tudo isso em sua preparação logo de cara. Mas aprendeu que deixar umas moedinhas no cofrinho é o melhor a se fazer. Para se ter uma ideia, a bicicleta da paulista vale R$ 5 mil, o capacete R$ 1 mil e as peças de reposição também têm de entrar na conta de gastos.

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“Preciso bancar academia, bicicleta, suplementação. Então fica a escolha pela necessidade maior. Se eu resolvo competir fora, preciso juntar dinheiro de vários meses, mas aí tenho de ter a noção de que vai faltar em outra ponta. Em 2013, quando fiquei sem a Bolsa, contei com o que tinha guardado do ano anterior”, contou a jovem que já gastou até R$ 8 mil para viajar e competir na Holanda. “Sozinha, sem técnico, sem nada. Cheguei lá e corri…”.

Em 2014, a Confederação Brasileira de Ciclismo passou a contar com apoio da Caixa, que desembolsará R$ 17 milhões em um contrato que dura até 2016. Isso possibilita a Priscilla e outras atletas terem apoio de nutricionista, psicólogo e também a viajar para etapas da Copa do Mundo – o que ela vinha tendo dificuldades para fazer, muitas vezes pagando para o bolso. A situação melhorou, mas não é o bastante.

“São eventos que não dá para faltar, dão pontos para o ranking que define as vagas olímpicas. Mas chegamos lá direto para a competição mais importante da temporada em vez de ter mais tempo para se preparar. Se competisse mais entre as melhores do mundo, não estranharia, como tem acontecido.”

Priscilla sabe que não é a única tendo de encarar as subidas e descidas de um atleta olímpico no país. E por isso mesmo não desanima. Das vezes em que teve de pegar emprestada a bike do irmão (“um caminhão”) aos perrengues que viveu para competir, muitas vezes sem peças de reposição, ela vai “rampando” cada obstáculo. Neste fim de semana, volta à pista para mais uma vez desafiar os homens. Pedalada a pedalada, com o Rio de Janeiro como linha de chegada.

Maurício Dehò
Do UOL, em São Paulo


Guardiola desbanca bonitões do cinema e é eleito 3º mais sexy do ano
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Pep Guardiola, técnico espanhol

Pep Guardiola, técnico espanhol

Pep Guardiola chegou a Alemanha em 2013 para comandar o Bayern de Munique e não mostrou seu talento apenas à beira do gramado. O treinador chamou a atenção por seu estilo e ganhou o público feminino, sendo eleito o terceiro homem mais sexy do mundo por uma conceituada revista de lifestyle alemã.

E a tarefa do catalão não foi nada fácil. Para conquistar a ''medalha de bronze'', o comandante dos bávaros, que está com 43 anos de idade, precisou desbancar bonitões do cinema como Ryan Gosling, Leonardo DiCaprio e Bradley Cooper, figurinhas mais carimbadas em listas desse tipo.

A eleição foi realizada pela revista Elle, da Alemanha, e quem ficou com o primeiro posto foi Chris Hemsworth, conhecido principalmente por representar o deus Thor nas telonas. O ator australiano está com 30 anos de idade. Na segunda colocação ficou Elyas M'Barek, ator pouco conhecido do público brasileiro.

O ranking de homens mais sexys de 2014 ainda conta com o músico Pharrel Williams e os atores Michael Fassbender, James Franco e Jamie Dornan.


Cansou de ver Beckham de cueca? Ele lançou uma nova coleção
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O inglês David Beckham posou mais uma vez de cueca para divulgar a sua coleção para a marca H&M. No entanto, desta vez, o ex-jogador foi além e lançou também roupas para moda praia.

Ao comentar as novas criações, o inglês revelou que a ideia partiu do sucesso que sua linha de cuecas tem na rede de lojas suecas.

“O sucesso da minha coleção tem sido fantátisco, por isso, eu estou feliz de lançar novas peças de moda praia para o verão. Nós trabalhamos duro para criar novos clássicos para homens, com grande ajuste, conforto e estilo”, disse David Beckham.

A nova coleção do inglês começará a ser vendida a partir do dia 22 de maio apenas nas lojas da marca.

David Beckham

David Beckham


Nos EUA, ele é um dos maiores astros do esporte. No Brasil, é só o marido da Gisele
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Em 2014, o casal Tom Brady e Gisele Bündchen completou 5 anos de casadosEm 2014, o casal Tom Brady e Gisele Bündchen completou 5 anos de casados

O quarterback do New England Patriots já jogou em cinco Super Bowls e venceu três. Foi eleito melhor jogador (MVP) das finais por duas vezes. Foi selecionado para nove Pro Bowls. Deteve por seis anos o recorde da NFL de maior quantidade de passes para touchdown numa única temporada. Ele tem o segundo melhor índice de aproveitamento dentre todos os quarterbacks, com pelo menos 1,5 mil passes tentados. Foi nomeado pela revista Sports Illustrated como Esportista do Ano em 2005. Mas essa semana, pelo menos por um dia, Tom Brady foi apenas o marido apaixonado de Gisele Bundchen, aplaudindo diretamente da primeira fila ao desfile da mulher.

Gisele chegou na terça-feira de manhã a São Paulo, com a filha Vivian, de um ano e 3 meses. Mas o burburinho só aumentou quando a Colcci, marca pela qual a modelo desfilaria, anunciou pelo Instagram que a estrela do futebol americano também desembarcaria em terras brasileiras. “Para tudo! Ele também vem para o SPFW. Tom Brady, marido da nossa über @giseleofficial, chega em SP para ver pela primeira vez sua esposa na passarela'', dizia a mensagem da grife no Instagram.

Gisele Bundchen e Tom Brady

Gisele Bundchen e Tom Brady

Não seria a primeira vez que Tom passa pelo Brasil. Logo depois do casamento secreto, o quarterback veio conhecer a família da mulher em Horizontina, a 490 quilômetros de Porto Alegre, em 2009, mesmo ano em que nasceu o primeiro filho do casal, Benjamim. No ano seguinte, o jogador foi flagrado treinando no clube Paulistano, nos Jardins, focado na recuperação de uma contusão. Em 2011, Brady veio para o Brasil pular Carnaval, seguindo a esposa que desfilou pela Vila Isabel. Não tem jeito: se em Boston ele é um dos melhores quarterbacks que já passaram pela NFL, aqui ele acaba à sombra de Gisele.

Dessa vez, a passagem foi relâmpago e discreta: Brady chegou sozinho, depois de Gisele. Só foi visto novamente já na São Paulo Fashion Week, na primeira fila do desfile, por volta de 21h30. Quando Gisele entrou, ele gritou “uhulll” e aplaudiu efusivamente. Saíram discretamente, com forte esquema de segurança, e só foram vistos depois na Provocateur, na balada promovida pela Colcci. Simples, o casal não fez grandes exigências: Tom Brady e a modelo chegaram perto de meia noite, circularam pelo camarote privativo da Colcci, e saíram de fininho menos de uma hora depois. Dessa vez, não teve nem malhação no Paulistano, nem sorvete no interior com a família da modelo. O casal já teria partido depois de um dia apenas no Brasil. Mas nem a melhor modelo do mundo é inabalável: Gisele teria dito ''Gente, não sei o que tá acontecendo comigo! Tô supernervosa!'', de acordo com O Globo, quando viu o quarterback na fila A do desfile. O amor faz tremer na base até os melhores do mundo.


Crupiê vira jogadora, ignora cantadas e ganha etapa do Brasileiro de pôquer
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Igianne Bertoldi se destaca em uma mesa de pôquer. Não pela beleza indiscutível da catarinense de 24 anos. Na semana passada, ela ignorou as cantadas que recebe com frequência para conquistar uma etapa do Bsop, o Campeonato Brasileiro de pôquer. Em seu primeiro torneio profissional, desbancou nada menos que 568 competidores e levou o prêmio de R$ 178 mil.

Na mesa, nada de brincadeiras. O jeito de menina e o sorriso fácil dão lugar ao semblante sério e camuflado pelos óculos escuros. A inexperiência passa imperceptível diante do estilo agressivo e da boa visão de jogo, táticas adquiridas com o trabalho como crupiê.

Foi também como crupiê (quem embaralha e distribui as cartas para os jogadores) de um grande clube de pôquer de Balneário Camboriú-SC, que Igianne aprendeu a ignorar as cantadas dos engraçadinhos e se concentrar apenas no trabalho.

“Recebo cantadas, mas eu tiro de letra. Como dealer isso acontece ainda mais. No torneio, alguns soltaram elogios ‘nossa, como você é linda’. O pessoal acha bacana ter mulher na mesa, diz que o pôquer está mais bonito”.

“Mas os jogadores estavam muito mais preocupados com o jogo e isso acaba se tornando pequeno. Senti bastante respeito nas mesas, não tinha essa diferença por ser mulher. Fiz o meu jogo, fui agressiva e consegui”, disse.

Mesmo com preconceito que ainda ronda o esporte, Igianne acredita que o pôquer é um ambiente de homens cavalheiros e diz que sempre foi muito respeitada. Mas ela admite que ser mulher tem as suas vantagens, tanto que já está atraindo atenção de patrocinadores. Agora, espera que seu feito incentive mais as meninas que ainda são pouco numerosas no esporte.

ig2“Eu acho que a minha conquista pode incentivar as mulheres a fazerem mais no esporte. A mulher pode ver que dá para chegar, que pode jogar de igual para igual. Não tem porque haver essa diferença tão grande de competidores. Já tem muitas meninas que estão mandando mensagem e dizendo que estavam torcendo por mim. Achei bem legal”.

O feito de Igianne é mesmo de se valorizar. Ela se tornou a segunda mulher na história a conquistar uma etapa do Brasileiro de pôquer. Antes dela, apenas Gabriela Belisário, em 2008, havia vencido uma etapa, mas em um torneio realizado em Belo Horizonte com número de participantes muito menor.

Em Foz do Iguaçu, Igianne superou os homens, que formavam quase 90% dos competidores, e o cansaço. O torneio durou quatro dias – sendo dois apenas para a fase de classificação e dois paras as finais. Eram praticamente 12 horas de trabalho ininterrupto até sobrarem nove competidores na mesa final.

“Quando cheguei à final, pensei ‘agora eu não vou morrer na praia’”, diz ela que revela o segredo de sua conquista. “Como dealer sempre observei muito as mãos e fazia bem a leitura do jogo. Ajuda muito a quantidade de mãos que a gente participa, esse lance de ver as cartas, esse volume de mãos que a gente acompanha diariamente como dealer”.

Musas do esporte

Musas do esporte

Igianne agora se prepara para deixar o emprego de crupiê e se tornar uma jogadora de pôquer profissional. Curiosamente, ela se apaixonou pelo esporte de forma despretensiosa depois de ser convidada por amigos para participar de uma mesa. Pouco depois, decidiu abandonar a faculdade de Educação Física e mergulhar de cabeça na modalidade.

A mudança de rumos não foi muito bem vista pela mãe Jussara que se preocupava com os turnos pouco convencionais de trabalho da filha que ‘trocava o dia pela noite’. Mas mudou de ideia e passou a apoiá-la após ver o torneio na televisão e a comoção causada na cidade.

Agora, Jussara deve estar ainda mais feliz com o prêmio de R$ 178 mil que a filha promete usar para investir na carreira.

“A minha ficha ainda está caindo aos poucos. Foi muito emocionante me superar nesses quatro dias no primeiro torneio grande que participo. Agora quero me aperfeiçoar, estudar mais o jogo. Dei o meu primeiro passo como jogadora profissional, é o que eu sempre quis. Está tudo caminhando para que isso aconteça”, celebra.

Por Luiza Oliveira

Crédito das fotos: Luis Bertazini/Divulgação


Semana decisiva no vôlei tem dois casamentos e disputa por convidados
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Elas encaram uma rotina pesada de treinos, se jogam num peixinho para salvar uma bola, saltam alto para tentar um bloqueio ou um ataque arrebatador. São praticamente heroínas em quadra. Fora das quatro linhas, elas têm desejos comuns a qualquer mulher e estão bem perto de realizar um sonho: entrar na igreja vestidas de branco, véu e grinalda para celebrar, para sempre, o grande amor da vida.

No mês de maio, tão conhecido como o mês das noivas, dois casamentos vão agitar o vôlei brasileiro. Luciane Escouto, do Barueri, e a central Angélica, do Vôlei Amil/Campinas, darão adeus à vida de solteira. Curiosamente, as duas uniões serão celebradas na mesma data, em cidades gaúchas, apenas seis dias após a final da Superliga feminina que acontece em 27 de abril.

Não é difícil imaginar como as duas descobriram tantas afinidades. Quem já casou sabe que noiva não tem outro assunto que não seja o casamento. A coincidência tem gerado brincadeiras nos times e até uma saudável disputa por convidados.

Elas chamaram amigas em comum que terão que se dividir. “Eu brinquei com a Lu, falei que avisei as meninas muitos antes, há oito meses eu já tinha falado para todas elas”, brincou Angélica antes de completar.

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“Eu marquei a data há muito tempo. Já falei para as meninas: ‘olha, vou casar no dia 3 de maio’. Aí a gente jogou contra o Barueri e a Lu veio contar super empolgada ‘vou casar no dia 3 de maio e quero que vocês venham’. Todo mundo parou e gritou: ‘nossa, vocês vão casar no mesmo dia’. É muita coincidência, no mesmo dia e no Rio Grande do Sul”, conta Angélica.

Luciane escolheu a data a dedo justamente para não haver empecilhos, mas não esperava um casamento concorrente no mesmo dia. “Pensei justamente em fazer em maio porque a Superliga já teria acabado e os convidados poderiam vir. Além disso, nesta data ainda está um clima agradável, não está tão frio. Mas vai ter o casamento da Angélica no mesmo dia”, lamentou.

Atletas como Claudia, Rosamaria, Priscila e Ananda vão ter que escolher qual amiga abençoar. “Ananda é minha madrinha, não tem jeito, não pode faltar”, alerta Angélica.

E nem vai dar para dar um jeitinho de prestigiar as duas. A distância entre Farroupilha e Novo Hamburgo, onde os casamentos de Angélica e Luciane, respectivamente, vão acontecer é de cerca de 80 km.

Luciane Escouto, a miss do vôlei

Luciane Escouto, a miss do vôlei

Além dos convidados, as duas jogadoras têm mais em comum. Depois da lua de mel em Cancun, Luciane se mudará para Macaé, onde o noivo, o fisioterapeuta Alisson Monteiro, mora. Angélica  terá residência fixa  em Uberlândia, já que seu futuro marido Luiz Carlos é técnico de basquete do time da cidade. No entanto, elas ainda não sabem se poderão dividir a cama todos os dias com os amados porque dependem das propostas que vão aparecer e de onde vão jogar no segundo semestre.

Hoje, elas preferem não pensar nisso. Vivem a ansiedade das vésperas de um dos momentos mais aguardados de suas vidas. Conseguiram se dedicar à carreira de atleta e ainda cuidar de cada detalhe da festa com a ajuda da família. Os parentes foram fundamentais para a realização do sonho e também ajudaram a dividir os custos da festa com os noivos.

A um mês do casamento, está tudo organizado. Inclusive o vestido, que elas se negam a dar qualquer dica para que seja mantido o segredo e não dar azar, conforme manda a tradição.

“É minha vontade desde pequenininha, um momento único, a realização de um sonho, vai ser o meu momento. Não vejo a hora de chegar. É muita ansiedade, acordo pensando, vou dormir pensando. Minha mãe está acordando direto de madrugada, sofrendo”, conta Luciane, que já está totalmente focada no casório depois que seu time foi eliminado na Superliga.

Angélica ainda terá fortes emoções antes de subir no altar. O Campinas está na semifinal da Superliga e vai enfrentar o Unilever para tentar chegar à decisão. Para ela, são sensações diferentes.

“Dentro da quadra a gente vive a cobrança da responsabilidade, do resultado e do rendimento. O foco não é individualizado, é coletivo, defendemos o patrocinador, o trabalho de um ano. O casamento é a celebração do amor, é mais leve do que a pressão da quadra. São expectativas bem diferentes”, diz ela que já se preparar para uma semana intensa.

“Vai ser uma loucura essa semana. Por isso, já deixei tudo encaminhado, meu foco vai ser a final. Será uma semana inusitada, é a primeira vez que chego a uma semifinal da Superliga e o casamento é um momento único. É muita emoção”, resume.

Casais esportistas

Casais esportistas

Créditos das fotos: Reprodução/Instagram e Candida Photo Art


Ela atira com calibre 12 e dobra o Exército. Tudo pela vaga olímpica
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Quem entende de arma conhece o poder um ‘calibre 12’. Sabe que é um dos mais potentes que existem e que o tranco causado pelo disparo pode derrubar o atirador.  No imaginário popular, é arma que mata elefantes. Daniela Carrara aguenta o tranco. Literalmente.

Uma das principais atiradoras do país empunha sua espingarda calibre 12 com maestria. É com a mesma maestria que ela enfrenta o preconceito e assusta muito marmanjo por trabalhar quase diariamente com uma arma de fogo. Enfrenta também as burocracias para ter o aval do Exército e poder transportar seu equipamento livremente. Todo o esforço por uma meta bem definida: defender o Brasil nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016.

“O calibre 12 é conhecido pela população como um calibre que dá muito tranco. Os homens arregalam o olho e dizem que é arma de matar elefante. Já vi repórter de televisão dizer isso, mas não é verdade. Muitos me perguntam: ‘Você não cai para trás?’. Não, eu não caio para trás. A pessoa que nunca atirou, aí sim vai cair para trás”, conta.


Daniela tem 29 anos recém-completados e há mais de 20 se aventurou no tiro esportivo, desde que se apaixonou pelo esporte por influência de seu pai, um descente de italianos. Em todo esse tempo, ouviu brincadeiras e comentários maldosos de pessoas que associam a modalidade à violência e ao crime e consideram inadequado uma mulher praticar uma modalidade majoritariamente masculina.

“As pessoas acham que o tiro é um esporte agressivo, que fazem de você uma pessoa perigosa. Existe todo um preconceito, muitas vezes já ouvi, 'nossa, você atira', 'vou ter cuidado com você'”, disse.

Até os patrocinadores se afugentam.  “Me parece que as empresas não querem vincular suas marcas a um esporte que leva arma de fogo, fazem uma associação com a violência, criminalidade. Mas é um instrumento como outro qualquer, um taco de beisebol também pode matar alguém”, disse.  “Claro que tenho vários cuidados de segurança que meu pai me ensinou desde pequena. Mas para mim, é tão natural. Minha arma é como se fosse uma escova de dente”.

Não é fácil ser um atirador no Brasil. Daniela precisa enfrentar muitas burocracias e seguir leis extremamente rígidas para obter a autorização do Exército e poder transportar sua arma. Sempre acompanhada da documentação. “Já esqueci e rezei para não ser parada”.

Apesar de participar de competições desde os 13 anos, ela só conseguiu ser dona de sua própria arma aos 25. As leis brasileiras proíbem que pessoas com menos idade tenham essa autonomia. Em toda sua infância, sua mãe precisou acompanhá-la em os treinos e viagens porque era a responsável pelo equipamento.

“Eu imagino que o Exército tenha razões de segurança para criar uma legislação como essa. O tiro é uma exceção no Brasil, por isso duvido que o Exército considere o garoto que quer começar no esporte, é um universo muito pequeno. Só que a gente acaba sofrendo”.

O objeto inusitado já causou situações embaraçosas e até engraçadas. A embalagem se parece com um teclado de música, o que faz as pessoas se confundirem. Certa vez, estava voltando de uma competição na Argentina quando foi parada no aeroporto por um fiscal da Receita Federal que perguntou o que havia em suas costas. Daniela respondeu que era uma arma de fogo. Não é difícil imaginar a expressão do funcionário.

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“Ele olhou com uma cara apavorada. Aí eu expliquei, disse que tinha autorização. Só depois de muita conversa ele me liberou. Mas isso acontece muito. No táxi, no elevador, muitas pessoas perguntam se eu sou cantora ou instrumentista. Eu prefiro responder que sim, até eu explicar que é uma arma de fogo dá muito trabalho”, brinca. “Uma amiga minha chegou na minha casa e eu estava limpando a arma. Ela não quis entrar até eu guardar. É uma bobagem, sem munição não há qualquer risco''.

Apesar da resistência das pessoas de fora, no meio do tio esportivo Daniela não sente dificuldades por ser mulher entre tantos homens e conta até com a ajuda deles que querem promover o esporte.

Ela compete na modalidade skeet em que os pratos são lançados por uma máquina e o competidor precisa empunhar a arma já com o alvo em movimento. A vaga nas Olimpíadas está praticamente garantida, já que a atleta tem resultados bem melhores que sua única adversária no Brasil. Neste ano, por exemplo, ela foi ouro nos Jogos Sul-Americanos.

Mas tudo vem com um grande esforço. Daniela treina apenas três vezes por semana porque precisa conciliar o esporte com o seu ganha pão. Diariamente, ela tem outro trabalho e ajuda na administração de empresas estrangeiras que queiram se instalar no Brasil. Por isso, os treinos se restringem ao período do almoço nas quartas-feiras, além dos fins de semana.

A atiradora chegou a abandonar o esporte quando terminou a faculdade e começou a trabalhar. Mas o sonho de disputar as Olimpíadas a fez retomar os treinos.  “Eu abro mão de muita coisa pelo tiro. Mas foi um estalo, uma vontade de voltar a fazer isso. As Olimpíadas representam oportunidades grandes, e participar sendo o país-sede é uma oportunidade única. Não quero só participar, quero fazer o meu melhor e quem sabe ganhar uma medalha”.


As aflições de uma grávida quando o marido bate (e apanha) no UFC
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Fabio Maldonado

Fabio Maldonado

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Fabio Maldonado fez uma das melhores lutas do UFC de Natal, no último domingo. Apanhou no primeiro round, mas a partir do segundo virou o jogo e massacrou o rival Gian Villante. Do jeito que ele gosta – “Sou que nem mulher de malandro”, chegou a dizer. Quem não gosta tanto é Catarina. Mulher do Caipira de Aço, ela se viu pela segunda vez numa posição complicada: passar pela aflição de assistir a um combate do marido enquanto está grávida.

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Nunca é fácil para as mulheres de lutadores. E Catarina que o diga, afinal, já foram dois combates de Maldonado que ela teve de acompanhar estando grávida de sete meses. O primeiro foi no UFC Rio 3, quando o sorocabano fez uma das lutas mais sangrentas que já se viu, contra Glover Teixeira.

“Depois do que passei… Eu estava grávida do Igor de sete meses na luta contra o Glover. Se naquela luta eu sobrevivi…”, disse ela, reticente, antes de minimizar. “Mas essa foi bem menos pior”.

Mas não foi bem assim. Maldonado tomou um grande atraso no primeiro round, quando ficou boa parte do combate ficou no chão. A “chavinha” do sorocabano ligou quando ele levou uma cotovelada que abriu um corte grande em sua cabeça.

“Na hora que começou o sangue , eu chorei, fiquei nervosa. Ele já está acostumado, é frio, mas para quem assiste não é”, contou Catarina. Mas foi a partir dali que a luta passou a se manter em pé e Maldonado deu um show de boxe, ficando muito perto de nocautear o resistente Villante. “Como conheço ele há muito tempo, sei que ele estava superconcentrado, estava com a luta na mão, não deixou parecer nenhum momento que estava perdido, então senti confiança.”

UFC Natal

UFC Natal


Catarina admite que o fato de estar grávida a preocupou, até pelo histórico do combate com Glover – naquela luta, Maldonado foi resistente e quase conseguiu um nocaute no rival, mas apanhou tanto que o médico responsável decretou o fim da luta. A solução foi respirar fundo e contar até dez, tudo para manter a calma.

A mulher do sorocabano comemora o fim da aflição, mas só vai matar as saudades nesta quarta-feira, quando ele volta de um mês de preparação feita em Natal, longe da família.

Maldonado será pai de Daniel, seu terceiro filho. Sua primeira filha é Júlia, de 10 anos. O filho dele com Catarina, Igor, de 1 ano e três meses, ganhou camiseta personalizada na torcida pelo pai: “foi a coisa mais linda, ele torceu muito pelo pai”, contou a mamãe coruja.

"Ele, no chão, resolveu só me segurar. Se ele tenta me finalizar, ou nocautear, dá a oportunidade para eu finalizar ou levantar, e ele deixou a luta amarradinha no primeiro round. Depois, se eu sangrar, é aí que eu funciono. Funciono apanhando, igual mulher de malandro Maldonado, Com seu jeito escrachado
X Temos que pegar treinos que vão direto ao ponto, para não se desgastar tanto. Se você quiser fazer tudo de tudo, vai matar o cara. Eu sinto que meus defeitos são o wrestling e chutar. Eu, para chutar mal, tenho que melhorar muito. Estou melhorando. Maldonado, Contando como melhorou treinando menos

Maurício Dehò
Do UOL, em São Paulo


Elas são feias e incomodam, mas as lutadoras não vivem sem: as trancinhas
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Ser uma mulher e lutar não é fácil. O preconceito ainda é grande, os sacrifícios perto do que passam os homens é ainda maior e manter a feminilidade quando se está pronta para se atracar com uma rival é quase impossível. Um detalhe fundamental para a maioria das competidoras é: o que fazer com o cabelo? A solução costuma ser apostar nas trancinhas, o ‘look’ mais usado no octógono do UFC – e algumas vezes até por homens.

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E as trancinhas não solucionam nenhum daqueles problemas, admitem as lutadoras. A obrigação de terem seus cabelos firmes e bem amarrados para que eles não atrapalhem na hora da ação acaba jogando contra as garotas mais preocupadas com o visual: “eu acho muito feio”, admite a adepta do penteado Bethe Correia, uma das brasileiras do UFC.

O UFC não determina como lutadores de cabelo comprido devem agir. Isso fica a cargo das comissões atléticas que regulamentam o MMA no local das lutas, mas poucas vezes há exigências neste sentido. Acaba partindo dos próprios atletas a tendência de apostar nas trancinhas como melhor forma de segurar os fios.

Bethe Correia, número 12 no ranking feminino e invicta em sete combates, costuma fazer as trancinhas em parte do cabelo, completando o visual com rabo de cavalo. Mas nada disso a convence de que vai “arrasar” no visual no octógono.

HOMENS TAMBÉM ADEREM

  • Não são só as mulheres que aderem aos penteados, trancinhas e elásticos no cabelo. O mais famoso a usar o artifício é Urijah Faber – que já lutou pelo cinturão com Aldo e Barão. Um caso famoso foi o de outro cabeludo, Clay Guida, que costuma ir ao octógono com os seus fios bagunçados, num estilo mais ''ogro'' de ser. Contra Gray Maynard, a equipe do rival entrou com um pedido na comissão atlética de New Jersey para evitar que ele lutasse com os cabelos soltos. Guida teve de obedecer e assim surgiu este visual da foto acima.

“Eu não acho bonito não, eu acho muito feio! Acho que fico feia, eu acho que todas ficam feias. A gente fica com a cara meio modificada, perde a feminilidade todinha. E além de tudo incomoda. Puxa um pouquinho. Eu mando fazer bem firme mesmo: ‘bota tudo aí para não soltar nada’. Mas você se acostuma”, conta Bethe. “É o jeito. Eu sou vaidosa até um certo limite, mas na hora da luta as coisas são tensas. Não dá pra pensar nisso.”

A paraibana de Campina Grande já chega à semana de lutas pensando em como vai ajeitar os cabelos. Por sorte, ainda não teve de tentar compor o visual sozinha.

“Eu sempre levo comigo um kit de presilhas, caso precise eu mesmo fazer. Logo que chego no hotel em semana de luta, eu vou a salões de beleza próximos ao hotel e quando tem alguém que faça eu já marco um horário”, conta ela, antes de explicar. “Não tem como lutar sem estar com o cabelo bem firme e amarrado. Qualquer coisa que caia no olho você naturalmente vai mexer, então é uma distração que pode te fazer levar um golpe.”

Bethe acaba usando as sessões no salão de beleza quase como um spa relaxante. “Demora um pouco para fazer, geralmente fico duas ou três horas. Então, geralmente eu vou no dia da luta. Acordo de manhã, tomo meu café da manhã reforçado e vou para o salão. Sempre aproveito para fazer manicure e pedicure – luto sempre com as unhas feitas – e é um momento para relaxar. Dá para refletir, distrair a mente, é melhor do que ficar no hotel, pensando só na luta”, afirma ela.

Jéssica Andrade, mais uma brasileira do Ultimate e atualmente nona no ranking, também usa as trancinhas, mas as faz em versão mais “light”. Ao chegar ao hotel antes dos combates, ela pede ajuda da organização para encontrar alguma cabeleireira e passa cerca de meia-hora no dia da pesagem ou da luta ajeitando as madeixas. E não se incomoda com o resultado.

“Atrapalha menos, segura melhor o cabelo e não deixa desarrumar. Eu acho que fica legal, mais apresentável. O cabelo não fica subindo e deixando aquela bagunça”, ri Jéssica.

Uma coisa em comum entre as lutadoras é o momento prazeroso após uma vitória: quando podem dar liberdade aos cabelos.

“Eu fico doida para tirar logo, e dá um trabalho! Fico um tempão tirando, às vezes arranca até tufo de cabelo junto”, diz Bethe. “Mas é uma das primeiras coisas que faço: soltar meu cabelo, tomar um banho e ficar bem livre mesmo, acabar com toda aquela tensão da luta.”

Jéssica Andrade venceu recentemente Raquel Pennington por pontos e ainda não tem compromisso. Bethe vem de triunfo contra Julie Kedzie e retorna em 26 de abril contra Jessamyn Duke.

Maurício Dehò
Do UOL, em São Paulo


Ex-namorada de Pato pode deixar Milan para seguir passos do pai na política
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UOL Esporte


A ex-namorada de Alexandre Pato, Barbara Berlusconi, pode ter mais funções além de ser vice-presidente do Milan. A imprensa italiana afirma que a filha do ex-primeiro ministro italiano e dono do Milan, Silvio Berlusconi, pode seguir os passos do pai e se dividir entre o futebol e a política.

Segundo o jornal italiano Gazzetta dello Sport, há uma pressão na família de Berlusconi para que um de seus filhos siga a carreira política, como o pai, e Barbara seria a mais próxima de aceitar o desafio.

De certa forma Barbara já segue os passos do pai no futebol. Ela se tornou vice-presidente do Milan em dezembro de 2013.

A família Berlusconi tem até o dia 10 de abril para confirmar Barbara como candidata a um cargo político.